terça-feira, 26 de maio de 2009

Citations / citações

“Celui qui se perd dans sa passion perd moins que celui qui perd sa passion.”

“Aquele que se perde na sua paixão perde menos do que aquele que perde a sua paixão.”

Santo Augustino


“Rien de grand ne s'est accompli dans le monde sans passion.”
Nada de grande se fez no mundo sem paixão.”

Friedrich Hegel


La passion détruit plus de préjugés que la philosophie.”

“A paixão destroi mais preconceitos do que a filosofia.”

Denis Diderot


“Il est difficile de vaincre ses passions, et impossible de les satisfaire.”

“É difícil vencer a suas paixões e impossível de satisfazer-las.”

Marguerite de La Sablière (Cité dans le Réflexions ou sentences et maximes morales)


“La musique offre aux passions le moyen de jouir d'elles-mêmes.”

“A música oferece as paixões o meio de gozar delas mesmas.”

Friedrich Nietzche


“Les passions de l'homme ne sont que des moyens que la nature emploie pour parvenir à ses desseins.”
As paixões do homem não são nada alem de meios que a natureza usa por chegar aos seus fins.”

Marquis de Sade (Extrait de Justine)

Paixão

Paixão: Nome feminino emprestado muito cedo (cerca de 980) e usual no sec. XVI ao latim passio, passionis, formado sobre passum, supin do verbo pati «padecer, sofrer». Seu uso foi atribuído uma primeira vez pelo gramático Charisius (século IV) em relação à Varão no sentido de «dor moral» passio é realmente atestado desde o século II (Apuleu) no sentido de «ato de sofrer». Ele é usado para uma “ação que vem do exterior“ opondo-se à natura (natureza). A palavra designa especialmente a dor física, a doença, (século III) e ele é usado no latim cristã para designar os sofrimentos do Cristo (textos patristicos desde Tertullino) e aquela dor, aqueles sofrimentos dos martírios (397 Concilio de Cartago), depois, por metonímia, o Domingo antes da Páscoa, no qual é comemorada a crucificação.(século VII). À partir do final do século III, passio conhece um uso ativo no sentido de «movimento, afeição, sentimento da alma» (Arnobe, Santo Augustino), especialmente no plural e com um valor pejorativo: «As Paixões» (lês passions)

«passiones peccatorum, passiones carnales» ele traduz então o grego pathos.


Desde o antigo Francês, passion designa por extensão um sofrimento físico (cerca de 1225) antes de ser reservado a uma afecção da alma (inicio do século XIII). Primeiramente na expressão passion d´amor (Paixão de amor) aplicado ao amor de um pai para o seu filho. No séc. XVI, a palavra toma o senso de “sofrimento torturante provocado pelo amor” (1569 Ronsard), em particular no plural poético, Les passions (As paixões) (1572). As suas outras acepções apareceram nos séculos XVI e XVIII, passion se diz então por um partido; paixões partidária, em particular por sem paixão (1607), ele designa a viva afecção que se tem por alguma coisa (1621), à propósito da liberdade, do calor, da sensação que anima uma obra literária ou artística e por metonímia o objeto da afecção (1621) falando de uma pessoa. Paralelamente, o termo desenvolveu um sentido filosófico elaborado por Oresmo que traduzindo o Latim passio o aplica ao fato de sofrer, a impressão recebida pelo sujeito (por oposição a ação) (1370) depois em Calvino, que remete as condições (pecado, miséria,morte) que o homem sofre (1588). No século XVII, Descartes (16649 Tratado das paixões da alma) retoma a distinção paixão-ação, chamando paixão o que o sujeito sofre e ação o que ele faz sofrer à outros. FuretIère, no artigo consagrado à paixão em seu dicionário, remete à Gassendi e sobre tudo a Descartes.


Em francês moderno, no uso corrente paixão está totalmente liberada da noção de passividade e possui ao contrario uma significação ativa e positiva para designar uma afecção violenta, ou um gosto vivo. É com essas conotações que se fala de um amor-paixão.

Passion

Passion: n.f, emprunté très précocement (vers 980) (début XVIème) au Latin passio, passionis, formé sur passum, supin du verbe pati «souffrir » (pâtir). Son emploi étant attribué une première fois par le grammairien Charisius (IVème siècle) à Varon au sens de «douleur morale», passio est réellement attesté depuis le IIème siécle (Apulée) au sens de «fait de subir, de souffrir, d´éprouver» Il est employé pour «action de subir de l´extérieur» s´opposant à natura (nature). Le mot désigne spécialement la douleur physique, la douelur, la maladie (IIIème siècle) et il est employé en latin chrétien pour désigner les souffrances du Christ. (textes patristiques depuis Tertullien) et celles des martyrs (397 Concile de Carthage), puis par métonymie, le dimanche avant Pâques, où est commémorée la cruxifiction. (VIIème siècle). À Partir de la fin du IIIème siècle, passio connaît un emploi actif u sens de «mouvement, affection, sentiment del´âme» (Arnobe, Saint Augustin), spécialement au pluriel et avec une valeur péjorative: «les passions»

«passiones peccatorum, passiones carnales» il traduit alors le grec pathos.


Dès l´ancien français, passion désigne par extension une souffrance physique (vers 1225) avant d´être réservé à une affection de l´âme. (début XIIIème siècle) d´abord dans l´expression passion d´amor appliquée à l´amour d´un père pour son fils. Au XVIème siècle, le mot prend le sens de «souffrance torturante provoquée par l´amour» (1569 Ronsard), en particulier au pluriel poétique, Les passions (1572).


Ses autres acceptions sont apparues aux XVI ème et au XVII ème siècle: passion se dit d´un parti pris: Passion partizane en particulier dans sans passion (1607); il désigne la vive affection que l´on a pour quelque chose. (1621, à propos de la liberté), la chaleur, le sensibilité qui anime une oeuvre littérraire ou artistique et, par métonymie, l´objet d´affection (1671) en parlant d´une personne. Parallèlement, il a développé un sens philosophique, élaboré chez Oresme qui, traduisant le latin passio, l´applique au fait de subir, à l´impression reçue par le sujet (par opposition à action) (1370), puis chez Calvin, qui le rapporte aux conditions (péché, misère, mort) que l´homme subit (1558). Au XVII ème siècle, Descartes, (1649 Traité des Passions de l´âme) reprend la distinction passion-action, appelant passion ce que le sujet éprouve et action ce qu´il fait éprouver à d´autres. Furetière, à l´article qu´il cosacre à passion dans son dictionnaire, renvoie à Gassendi et «surtout» à Descartes. En fançais moderne dans l´usage courant, passion complètement affranchi de la notion de passivité, acquiert au contraire une signification active et positive, pour désigner une affection violente, voire un goût vif: c´es avec ces connotations qu´on parke d´un amour-passion.